Saturday, March 17, 2018

O DIAGNÓSTICO DO PARKINSON PODE ESTAR NAS LÁGRIMAS



Uma das grandes dificuldades que o Parkinson impõe aos pacientes é justamente descobrir o que está acontecendo no organismo. Por que o tremor? O que causa a lentidão dos movimentos? O que faz a musculatura enrijecer? Enfim, o diagnóstico do Parkinson é um desafio até para os especialistas, uma vez que não existe um único exame que leve ao desfecho. Mas, tudo indica que estamos muito próximos deste teste. Um estudo realizado na University of Southern California, em Los Angeles, descobriu que pacientes de Parkinson têm níveis diferentes de uma certa proteína ligada à doença, em comparação às pessoas saudáveis. E, curiosamente, esta proteína sai nas lágrimas.
Os pesquisadores resolveram estudar as lágrimas porque elas contêm várias proteínas produzidas nas células secretoras da glândula lacrimal, que é estimulada pelos nervos a colocar tais proteínas nas lágrimas. Como o Parkinson afeta a função dos nervos, levantaram a hipótese de que qualquer alteração pudesse ser notada nos níveis das proteínas.
Para o neurologista Mark F. Lew, autor do estudo, o grande benefício desta descoberta é a possibilidade de se fazer o diagnóstico de maneira não invasiva e de forma tão simples. O custo baixo também seria outro benefício importante.
Mark F. Lew também acredita que, ao detectar um marcador da doença, até os tratamentos podem ser aprimorados ou mesmo iniciados antes de a doença se instalar e incapacitar o paciente.
Parkinson é uma doença progressiva e degenerativa, que atinge o sistema nervoso central e afeta 1% da população mundial acima de 65 anos. Ela leva a uma diminuição da produção de dopamina, o que compromete o controle motor e os movimentos dos pacientes.
Até o momento, o diagnóstico do Parkinson é feito após avaliação clínica em consultório. O médico avalia a presença de tremores, a rigidez das pernas, dos braços e do tronco, a lentidão e diminuição dos movimentos e a instabilidade na postura. Com dois destes sintomas, já é possível concluir o diagnóstico. Quando ainda há dúvidas, o neurologista pode recomendar a medicação levodopa, a mais utilizada no tratamento da doença, por um tempo. Se há melhora, o diagnóstico é fechado.
OUTROS ESTUDOS SOBRE DIAGNÓSTICO DO PARKINSON
No início do ano, um estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade Juntendo, no Japão, concluiu que baixo nível de cafeína e de seus metabolitos no sangue pode ajudar a diagnosticar o Parkinson de Início Precoce, aquele que atinge pessoas com menos de 50 anos de idade.  Saiba mais aqui. 
No ano passado, a Universidade Manchester, no Reino Unido, iniciou uma pesquisa com cães para descobrir se eles conseguem detectar a doença de Parkinson em pessoas ainda não diagnosticadas. A ideia do trabalho surgiu após uma escocesa, bastante sensível a cheiros, notar a mudança no odor do marido seis anos antes de ele receber o diagnóstico e apresentar os primeiros sintomas do Parkinson.
Atualizado em 02/03/2018.




DrErich Fonoff é médico neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, com ênfase nas áreas de dor, doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento. O seu trabalho na cirurgia de Parkinson documentou avanços significativos nos últimos anos, ...

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